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A movimentação do mercado de seminovos e usados em 2021
2021 ainda foi um ano de muitos desafios para a Economia. Desde que a pandemia do novo coronavírus surgiu, muitas foram as necessidades de mudança para sobreviver em meio a um cenário tão novo. Com o setor automotivo não foi diferente e ainda é possível perceber diferenças entre o mercado de seminovos e usados em relação ao de automóveis 0km, por exemplo.
O mercado de seminovos e usados ficou bastante aquecido por diversos fatores que levaram a essa valorização. A falta de chips semicondutores, que levou a uma recessão na fabricação de novos modelos, foi a principal delas.
Entretanto, não foi só crescimento nas vendas que aconteceu durante 2021. Para entender um pouco mais sobre como o mercado se comportou durante esse período e visualizar as previsões para 2022, continue a leitura.
Os impactos do coronavírus
Lidar com uma pandemia fez com que toda a indústria repensasse a forma como produz, o que mudar, como ser mais rentável em meio a tantas mudanças e dificuldades. Nós já falamos sobre esse assunto aqui no blog, mas vale uma retrospectiva.
Um dos maiores desafios do setor automotivo foi a falta de chips semicondutores para fazer a fabricação dos veículos novos. A falta dessa peça no mercado teve um impacto tão grande que diversas montadoras tiveram que parar suas linhas de produção e fecharam diversas fábricas.
Além disso, o fato de não ter carros novos disponíveis para venda fez com que o mercado de seminovos e usados ganhasse uma grande valorização, que é o assunto do próximo tópico.
Da valorização à recessão: as oscilações dos seminovos e usados
O aumento nas vendas de seminovos e usados é algo incontestável durante esse período de pandemia. Com a ausência de carros 0km nas concessionárias, os veículos usados conquistaram ainda mais espaço entre os consumidores.
Somente em 2021, o Brasil chegou a registrar um crescimento de 55% na revenda de carros usados. Além do crescimento na compra e venda desses veículos, também foi percebida uma valorização nos preços. A Fipe identificou que de fevereiro de 2020 a julho de 2021 os automóveis seminovos e usados tiveram um aumento de mais de 24% em seus preços, superando a valorização dos veículos novos, que não passou de 20%.
Apesar de se manter em alta, o mercado de seminovos e usados apresentou uma queda no fim do ano. Em outubro, por exemplo, foi registrada uma redução de 7,99% nas compras e vendas de veículos usados. Já em novembro, o setor apresentou uma nova redução, de 4,07%. Apesar das quedas registradas, elas não são muito significativas, pois mesmo com essas reduções, o mercado de seminovos e usados continua em alta.
Como fica o mercado em 2022?
De acordo com especialistas, é previsto que até meados de 2022 ainda faltem os chips semicondutores no mercado. Isso indica que os carros seminovos e usados ainda serão a principal venda das concessionárias.
Caso esse retorno dos chips atrase todo o primeiro semestre, é possível que os preços dos seminovos aumentem ainda mais. Isso pode gerar uma dificuldade na revenda desses automóveis e um atraso ainda maior na produção de novos veículos.
Em razão disso, é esperado que a venda de carros usados dê uma desacelerada em 2022 e os novos, assim que saírem das montadoras, tenham um aumento no desempenho de suas vendas. No entanto, vale lembrar que em um cenário atípico como o de uma pandemia (ou mesmo pós-pandemia), as projeções ainda são incertas.