Em um contexto mundial em que tudo é acelerado pela velocidade da Transformação Digital, renovação é palavra de ordem para que empresas se mantenham vivas e atendendo às necessidades de seus clientes – sejam eles quais forem. 

Um levantamento realizado em 2020 mostrou que as empresas brasileiras estão amadurecendo quanto à capacidade de inovar: 23,7% afirmam que a Transformação Digital se tornou prioridade máxima no planejamento estratégico da empresa, representando um salto de 7,3% se comparado a 2019.

Entre outros pontos importantes relacionados à inovação corporativa, é necessário entender a sucessão de empresas como um caminho natural para tantas companhias, no momento em que essa renovação também passa pela troca de seus representantes. 

Oxigenar as decisões tomadas e renovar o posicionamento da companhia não são os únicos critérios a serem considerados ao definir a estratégia de sucessão de uma empresa. O mais importante é ter clareza de que, sejam quais forem os motivos, a transferência da gestão precisa ser planejada para minimizar qualquer risco do processo, fazendo com que ele seja positivo para o crescimento da empresa. 

De maneira geral, o que se espera é que o novo gestor influencie de maneira positiva ao assumir, pois, geralmente mais novo, trará a sua percepção do negócio atual e tentará inovar, iniciativa fundamental para a sobrevivência da companhia.

A sucessão em empresas familiares

Se o planejamento e execução da sucessão já é um processo complexo e demorado de uma forma geral, em empresas familiares ele toma formas ainda mais desafiadoras e requer cuidados extras. 

Isso porque o primeiro e decisivo ponto dentro da sucessão de empresas é a definição do sucessor – uma decisão a ser tomada com cautela e que deve ter como critério básico a capacidade do candidato a assumir a função. 

Apesar de fundamental, o percentual de empresas com plano de sucessão no Brasil é de menos  de 30%, segundo uma pesquisa realizada pelo IBGC em parceria com a PwC, divulgada em 2019.

Em empresas familiares, há uma mistura entre parentesco e sociedade que nem sempre é fácil de separar. Apesar do envolvimento emocional comum nesses casos, é fundamental que a decisão seja feita de forma racional, entendendo que esse pode ser o critério decisivo para definir a sustentabilidade da empresa – ou o fim dela.

Nesses casos, algo que pode ajudar muito a evitar qualquer tipo de conflito que acabe gerando decisões emocionais é incluir no estatuto da empresa – desde a sua fundação – todos os pontos a serem validados para a escolha do sucessor. O detalhamento oficial ajuda a despersonificar a escolha, tirando a decisão centralizada no atual gestor, além de facilitar tanto o descarte de nomes fora do perfil esperado como na escolha de um sucessor no caso de existir mais de um herdeiro.  

Planejamento da sucessão de empresas: 

• Capacitação do sucessor: após tomada a decisão de quem deve assumir a gestão da empresa após a sucessão é fundamental estruturar uma trilha de educação para capacitar o sucessor. Esse processo pode incluir a imersão dele em áreas-chave na companhia, cursos teóricos preparatórios, entrevistas com o atual gestor, entre outros passos;
• Antecipação: um erro comum em diversas empresas brasileiras, principalmente as pequenas e médias companhias, é iniciar a sucessão apenas quando há um problema ou situação que exija a troca do gestor. Para um planejamento executado com a calma e precisão necessárias em um processo tão complexo, a antecipação é fundamental;
• Agendas periódicas: falar sobre a sucessão de empresas ainda pode ser tabu em muitas companhias, que preferem não lidar com o tema por diversas questões. É fundamental que o assunto seja discutido entre todos os agentes envolvidos e que, a partir da decisão tomada sobre o melhor momento para iniciar o plano de sucessão da empresa, que sejam feitas agendas periódicas para manter o alinhamento entre as partes e dar prosseguimento ao planejamento; 
• Consultorias especializadas: como o processo de sucessão de uma empresa é complexo e envolve decisões racionais importantes, muitas companhias optam por contratar consultorias especializadas para conduzir a execução da mudança de gestor.  Nesse caso, a companhia precisa ter confiança na consultoria escolhida, pois dividirão muitas decisões, expectativas e angústias no decorrer do processo;
• Supervisão posterior à sucessão: é fundamental entender que a sucessão de empresas não termina quando o novo gestor assume a cadeira de líder máximo da companhia. Para garantir a estabilidade da empresa e eficiência da sucessão, é importante a supervisão do dono da empresa ou por meio de um consultor que se tornará um executivo por prazo determinado.

Dicas de cursos sucessão de empresas: 

Para quem está passando pelo processo de sucessão familiar ou se planeja para que a transição seja feita nos próximos anos, um ótimo caminho para se preparar é se aprofundar através de cursos. 

Selecionamos abaixo algumas opções de cursos rápidos online sobre sucessão empresarial, sendo alguns gratuitos e outros pagos. Confira!

• Sucessão empresarial
• Sucessão na empresa familiar
• A jornada da sucessão: Família, Gestão e Patrimônio
• Formação em Gestão de Empresas Familiares
• Gestão e Sucessão em Empresas Familiares

Ficou mais claro a importância do planejamento da sucessão de empresas antes de qualquer tomada de decisão na troca de gestão? Cada passo desse processo tão importante pode fazer a diferença na longevidade da companhia, que deve ser sempre o objetivo de todos os envolvidos. 

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