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Comparativo: financiamento vs. leasing para carros usados
A troca de veículos tem se tornado cada vez mais acessível, graças à vasta disponibilidade de crédito e às diversas modalidades de financiamento no mercado, que simplificam a vida do consumidor brasileiro. Ao considerar a troca do seu carro, moto ou caminhão, uma pergunta frequente é: Financiamento (Crédito Direto ao Consumidor) ou Leasing (Arrendamento Mercantil), qual delas é a opção mais vantajosa?
Para decidir qual modalidade se encaixa melhor no perfil do consumidor, é importante analisar algumas questões essenciais: (i) o período de pagamento, (ii) a possibilidade de antecipar parcelas para quitar o débito mais rapidamente e (iii) a taxa de juros mais atraente.
Muitos consumidores acreditam que a taxa de juros é o único fator determinante na escolha entre as duas opções. Porém, existem outras considerações importantes que devem ser avaliadas.
Objetivos e Necessidades Pessoais
O primeiro passo para uma escolha acertada é entender quais são os objetivos do consumidor ao comprar um veículo. Com isso em mente, será mais fácil determinar qual modalidade é mais adequada para suas necessidades.
Taxas de Juros
Em geral, a taxa de juros no Leasing costuma ser mais baixa do que no Financiamento, o que pode torná-lo mais atrativo para aqueles que buscam economizar nos pagamentos mensais. Entretanto, é crucial considerar o cenário caso o consumidor queira antecipar as parcelas.
No Leasing, não há redução nos juros se as parcelas forem pagas adiantadas, o que não proporciona vantagem em antecipar o pagamento para quitar a dívida.
Por outro lado, no Financiamento, o consumidor tem a possibilidade de reduzir significativamente os juros ao pagar parcelas adiantadas, resultando em uma economia substancial.
Prazo de Contrato
O Leasing possui um prazo mínimo de contrato, geralmente de 24 meses, o que pode ser uma limitação para quem deseja mais flexibilidade. No Financiamento, essa questão é menos restritiva, já que o consumidor pode escolher prazos variados de acordo com sua conveniência.
Propriedade do Veículo
Um aspecto crucial a ser considerado é a titularidade do veículo. Ao optar pelo Financiamento, o consumidor adquire tanto a posse quanto a propriedade do veículo desde o início do contrato. Isso significa que, caso enfrente dificuldades financeiras, o consumidor tem a opção de vender o veículo para pagar suas dívidas, pois ele é o legítimo proprietário.
No caso do Leasing, a situação é diferente. O consumidor tem apenas a posse direta do veículo, enquanto a propriedade permanece com a instituição financeira, conhecida como arrendadora. Dessa forma, se o consumidor enfrentar problemas para cumprir os pagamentos, ele não poderá vender o veículo, o que pode resultar na perda da posse do bem em caso de inadimplência.
Custos Operacionais
Outro ponto de comparação são os custos operacionais. No Leasing, o consumidor não paga IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que pode parecer vantajoso. Já no Financiamento, esse custo é incorporado nas parcelas mensais.
O Leasing também inclui o pagamento de um valor residual garantido (VRG) no final do contrato, que permite ao consumidor adquirir a propriedade do veículo se assim desejar. Se o consumidor não optar por pagar o VRG, o veículo é devolvido à instituição financeira.
Em resumo, ao escolher entre Financiamento e Leasing, o consumidor deve considerar não apenas a taxa de juros, mas também a flexibilidade do contrato, a possibilidade de antecipação de parcelas, a titularidade do veículo e os custos operacionais envolvidos. Enquanto o Financiamento oferece mais flexibilidade e a possibilidade de economizar com a antecipação das parcelas, o Leasing pode ser uma opção mais econômica a curto prazo e sem o pagamento do IOF. Avalie cuidadosamente suas necessidades e objetivos antes de tomar uma decisão.