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Os efeitos da pandemia no mercado de seminovos e usados
A pandemia do novo coronavírus foi uma surpresa para todos e causou reações em diversos setores. No mercado automotivo não foi diferente e isso inclui a revenda de carros usados também.
Em meio a efeitos diversos, o setor de automóveis conseguiu se manter em movimento, mesmo que mais lento que o normal.
Você sabe quais foram os reais impactos da COVID-19 no setor automotivo? As fábricas conseguiram manter sua linha de produção? Como ficou a revenda de carros usados?
Para entender melhor as consequências da situação que vivemos e como o mercado tem se comportado, continue a leitura.
A falta dos chips
Antes de tudo isso acontecer, no começo de 2020, o mercado de automóveis estava superaquecido. Mas a pandemia deu uma freada em todo esse movimento e fez o setor parar para reavaliar seus próximos passos.
Um dos motivos que gerou grandes impactos na produção de novos carros foi a falta de chip semicondutor no mercado. Essa peça é essencial para o funcionamento da central multimídia do veículo. Ou seja, todas as funções mais tecnológicas do carro dependem dela: ar condicionado, som, mapa de navegação, câmera de ré…
Com isso, a produção de veículos novos ficou prejudicada, o que pode ter impulsionado a revenda de carros usados durante esse período. Algumas empresas, para não prejudicarem suas linhas de produção, optaram por concentrar a produção nos carros mais caros e lucrativos, uma forma de otimizar o uso dos chips.
Suspensão de produção
A alternativa que muitas montadoras encontraram para não demitir seus funcionários foi optar pelas férias coletivas. Essa atitude foi impulsionada pela falta de peças no Brasil. Isso fez com que, pelo menos, sete montadoras — Toyota, Volkswagen, Nissan, Mercedes-Benz, Renault, Scania e Volvo — dessem uma pausa em suas fábricas.
Além das férias coletivas para os funcionários do setor de montagem, muitas empresas decidiram colocar suas equipes de escritório em home office. Essa também foi uma forma encontrada para evitar aglomerações dos funcionários.
Revenda de usados em alta
A pandemia do novo coronavírus exigiu diversas medidas para que as pessoas pudessem se proteger e evitar a contaminação. Uma dessas atitudes é evitar aglomerações e locais muito frequentados. Esse fator fez com que muita gente evitasse utilizar o transporte público, por exemplo. Até o uso de carros por aplicativo foi afetado.
Com isso, muitas pessoas sentiram a necessidade de investir em um veículo próprio. Entretanto, em meio a uma crise econômica, também, comprar um carro novo pode ser complicado. Em razão disso, o mercado viu a revenda de carros usados aumentar, com um crescimento de 55% no Brasil, somente em 2021.
Outro ponto curioso em relação a revenda de veículos usados foi destacado por uma pesquisa realizada pela Kelley Blue Book Brasil (KBB Brasil): o levantamento indicou que os carros usados tiveram cerca de 13% de valorização nos seis primeiros meses deste ano.
Diante de um cenário atípico como o de uma pandemia, o mercado observa ainda com incerteza as projeções de retomada da produção em 2022. Por enquanto, o que se mostra crescente é a procura por seminovos e a valorização dos carros usados.